Ecossistema Agrário

Espécies que podem ser observadas na Quinta de Eira Vedra:

Aves
  • Tordo-comum (Turdus philomelus) – Observação no dia 30 I 2012
Caracteriza-se pela plumagem globalmente castanha, sendo as partes inferiores brancas, sarapintadas de castanha. Tem uma distribuição limitada ao norte do país, a qual tem vindo a expandir-se para sul em anos recentes. A partir de Outubro, com a chegada de um grande  número de invernantes, a espécie pode ser vista por todo o território. É uma das espécies mais abatidas pelos caçadores (Aves de Portugal).


  • Gaio (Garralus glandarius)

As penas azuis das asas são a característica mais fácil de detectar nesta espécie, pois contrastam bastante com a tonalidade acastanhada do dorso e peito. As asas possuem também um padrão preto-e-branco, tornando a combinação de cores muito visível quando se encontra em voo. O uropígio branco, a cauda preta e o bigode escuro completam as características mais marcantes deste corvídeo. É uma espécie residente (Aves de Portugal).

  • Melro (Turdus merula) - observação no dia 15 III 2012
Os machos apresentam coloração geral preta, bico alaranjado e auréola amarelada em torno do olho. O padrão geral das fêmeas e dos juvenis é acastanhado com algumas riscas ténues.Tanto no macho como na fêmea, as patas são compridas e a cauda também.



  • Corvo (Corvus corax)

Grande ave de cor negra, que à primeira vista pode levar o observador a pensar tratar-se de uma ave de rapina. Distingue-se da gralha-preta pelo facto de planar frequentemente, voando em círculos, e também pela cauda longa e cuneiforme. A sua vocalização (“kro-kro”) confirma a sua identificação. É uma espécie residente, podendo ser visto durante todo o ano.

  • Pisco-de-Peito-Ruivo (Erithacus rubecula) - Observação no dia 24-II-2012
Apresenta uma enorme mancha alaranjada que se estende da testa até ao peito, e que contrasta enormemente com o abdómen branco e com o dorso e a nuca, acastanhados.



  • Milhafre-real (Milvus milvus) - Observação no dia 23-II-2012

Tratando-se de uma rapina de média-grande dimensão, é um planador exímio sendo frequentemente observado a circular em correntes térmicas.Ostenta "janelas" claras muito nítidas na base das primárias, na parte inferior das asas; a cauda é quase cor de ferrugem; a cabeça acinzentada contrasta com o castanho-claro do resto do corpo.


  • Peneireiro-comum (Falco tinnunculus)


Este falcão de tamanho médio apresenta as asas pontiagudas e cauda comprida, e bico curto e forte, típicos da maioria das espécies deste grupo. A cauda do peneireiro-vulgar é um pouco mais comprida que a dos seu congéneres, dando-lhe um aspecto mais estilizado. Existem diferenças em termos de plumagem e dimensões entre os machos e as fêmeas desta espécie, sendo a última de dimensões maiores e menos colorida. A fêmea e o macho possuem o dorso cor de ferrugem, bastante sarapintado de preto, com a ponta das asas escuras. A cauda da fêmea é barrada, enquanto que o macho apresenta a cauda e a nuca lisas cinzento-azulado, contrastando bastante com a tonalidade do dorso. O peito do macho é menos barrado, parecendo mais liso que a fêmea.



  • Verdilhão (Carduelis chloris) Observação dia 15 III 2012

Distingue-se pela tonalidade geral esverdeada, com as primárias amarelas e ponta das primárias escuras. A cauda bifurcada apresenta os lados amarelos. As fêmeas apresentam cores mais esbatidas que macho.



  • Perdiz-comum (Alectoris rufa)

A plumagem é composta por tons de cinzento, preto, branco e ruivo. Destacam-se a garganta branca orlada de negro, o ventre ruivo, o bico vermelho e as patas vermelhas. Os juvenis são acastanhados.


  • Levandisca; Lavandeira; Alvéola-branca (Motacilla alba)
Típico padrão escuro na cabeça, garganta e dorso, que contrasta com o branco no peito e abdómen, assim como nas faces. A cauda comprida e patas compridas são extremamente visíveis, pois esta ave passa bastante tempo no solo, baloiçando bastante a cauda, no que é um comportamento bastante característico desta espécie.



  • Pardal-comum (Passer domesticus) Observação dia 15 III 2012

Os machos e as fêmeas apresentam plumagens diferentes, sendo o primeiro caracterizado pelo babete preto, a testa e a coroa cinzentas, os loros escuros e o dorso acastanhado com marcas escuras. As fêmeas não possuem babete nem os loros escuros, apresentando a plumagem acastanhada e uma lista creme desde o olho à nuca. O bico é grosso, como é próprio das aves granívoras.





  • Rola-brava - Observação no dia 30.IV.2012
Caracteriza-se pela plumagem mais escura e menos uniforme, especialmente no dorso e nas asas, distinguindo-se o seu padrão malhado. Barra branca na cauda e no pescoço tem um conjunto de riscas pretas e brancas, que apenas se vê a pequena distância.. É Ave migradora, que chega geralmente em Abril e parte em Setembro (neste último mês observam-se, por vezes, bandos de migradores).



  • Rola-mansa - Observação no dia 20.IV.2012



Mamíferos
  • Raposa (Vulpes vulpes)
A raposa é um carnívoro de médio porte, geralmente castanho-avermelhada com orelhas erectas e pontiagudas com a parte de trás preta. A cauda é comprida e espessa e com pêlos brancos na sua extremidade. O focinho é esguio e geralmente com o lábio superior branco. Normalmente a garganta é branca mas alguns indivíduos têm esta mancha acinzentada, podendo o mesmo acontecer no caso da pelagem da barriga, enquanto que as extremidades das patas são geralmente pretas.

  • Coelho Bravo  (Oryctolagus cuniculus)


  • Javali (Sus scrofa)

Anfíbios


  • Rã Verde (Rana perezi) Observação no dia 15 III 2012

Répteis
  • Sardanisca (Podarcis hispanica) Observação no dia 22.III.2012


Árvores

Nas parcelas florestais pertencentes à exploração é possível encontrar diversas árvores de espécies da floresta tradicional e autóctone nacional:



  • Carvalho-alvarinho (Quercus robur)

Espécie caducifólia; copa com ramificação tortuosa, com numerosos ramos grossos; quando jovem a casca é lisa tornando-se grossa e fendida longitudinalmente com a idade; sistema radicular inicialmente pivotante, que com a idade forma raízes secundárias bastante profundas que lhe conferem grande capacidade de resistência ao vento; pode atingir uma altura de 30-40 metros; espécie monóica (floração feminina e masculina ocorre na mesma árvore), sendo que a floração feminina e masculina são desfasadas no tempo, de forma a evitar a auto-fecundação.
Folhas: membranosas, glabras (desprovidas de pêlos), habitualmente com 6-12 cm por 3-6 cm, 4-8 pares de lobos arredondados e um pecíolo muito curto (2-7mm); cor verde intensa; nervuras bem salientes na página inferior.
Flores: flores masculinas amentilhos filiformes, agrupados nas extremidades dos ramos; flores femininas pequenas e arredondadas, entre uma a cinco sobre um longo pedúnculo e possuindo geralmente três estigmas de cor púrpura; polinização anemófila (realizada pelo vento).
Fruto: glande ovóide de cor acastanhada na maturação, inserida numa cúpula basilar escamosa e apoiada num grande pedúnculo.
(Fonte: http://jornal.quercus.pt)